terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Conteúdos de Ensino

Gostaria de poder ensinar umas coisas que dizem que não se ensinam... O jeito de moleque de alguns professores que se recusam a adultizar tudo e sorriem gostoso ( alegrando o ambiente), a responsabilidade de outros que tão dedicados revêem seus conceitos, a paciência de alguns que ouvem esperando que do discurso brote a conclusão que eles antevêem ( com seus anos de experiência), a empolgação com que chegam alguns enchendo de entusiasmo e acordando sonhos adormecidos, a erudição de outros que embasam o que pareciam tão abstrato, a praticidade com que alguns transformam ideais em uma proposta de aula ( materializando caminhos...), a criatividade com que outros buscam ligações entre idéias com a arte de esquecer o que ensinarama a eles na escola ( que as idéias devem ser guardadas em caixinhas), a coragem com que outros buscam novas formas de ver suas crenças, a confiança que muitos depositam no grupo abrindo mão de seus pré-conceitos e gerando novos, a liberdade de ser e estar em qualquer posição sem que te julguem ausente ( deitado, em pé, pulando ou se torcendo), a boa vontade com que se chega a dedicar horas inexistentes a um projeto sem garantias...

Eu observo todas essas virtudes em nosso grupo e muitas outras mais...Se tudo o que observamos passa por um filtro interno ( das minhas próprias crenças, de meus próprios conceitos), eu só posso ver essas virtudes nos outros porque, de alguma forma, eu as tenho em mim. Se não as tivesse, como poderia reconhecê-las? Mas é engraçado porque eu não me considero particularmente paciente ou corajosa....Será que tenho mesmo isso dentro de mim?

Acredito que sim. Todos nós temos. Todas essas virtudes em potencial. Ver com os outros as expressam e um convite a desenvolvê-las cada dia mais. Apoiar-se no exemplo dos outros é ter um modelo em que nos basearmos para sermos cada dia mais humanos. Ser mais humanos é tornar cada dia mais possível ensinar aquilo que, diz-se, não se ensina.

Estou muito agradecida a todos os meus colegas pela oportunidade de ser parte desse grupo e dessa construção. Muito além de aprender Biologia, nossos alunos aprendem Gabi. Muito além de aprender Geografia, aprendem PH e assim seguimos... Dando exemplos de pessoas que não pararam no tempo, que se constroem a cada dia e que deixam modelos incríveis.

Quanto mais nos conhecemos, mas sinto que tenho muito a aprender com vocês.

Obrigada

domingo, 27 de janeiro de 2008

CONVERSA ENTRE AMIGOS (2)

"Aí que eu lia um pouco do Gadotti e traduzia um pouco do Dario. E um começou a conversar com o outro, bem ali, na tela do meu computador. O Gadotti dizia: “Aluno sujeito de sua formação... blábláblá.... construir e reconstruir....blábláblá” e o Dario dizia que a Bondade, a Sabedoria e a Força estão dentro de nós e não são NOSSAS como, digamos, um MP3 pode ser NOSSO, mas são energias que andam por aí, pelo universo, subterrâneas e que os seres humanos, como construtores de sua própria realidade, podem trazer para o plano material, para esse mundo em que vivemos."

Gente, destaquei este trecho do texto da Sabine Conversa entre amigos, para convidá-los a uma reflexão: diante do exposto acima, o que são os "conteúdos de ensino" com os quais trabalhamos no dia-a-dia?

No aguardo,

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Conceitos fundamentais – Educação Física
1 – Conceito de valores comuns
Fazer com que o aluno perceba que o Esporte nada mais é que uma reprodução (de forma lúdica e prazerosa para alguns) de situações do cotidiano. Ou seja, no esporte o indivíduo tem que trabalhar com companheiros de características diferentes das nossas, no dia-a-dia em nossa empresa, nossa casa ou no nosso condomínio também encontraremos um cara diferente de nós mas que também tem a sua importância.
No esporte irá sempre existir um adversário querendo nos vencer, no nosso dia-a-dia, também encontraremos pessoas buscando o nosso “ponto fraco” afim de nos derrotar.
No esporte iremos encontrar erros dos “juízes”, no nosso dia-a-dia também encontraremos erros de “terceiros” que tem mais “poder” que a gente e nem por isso precisamos “tirar a cueca pela cabeça” e se desesperar ou tão pouco agredir outra pessoa.
No esporte existirá a pressão da torcida, no nosso dia-a-dia existirá a pressão do chefe!!!

2 – Regras dos Esportes
Apresentar regras e gestos motores de alguns esportes.

3 – Desenvolvimento de conceitos
Permitir que o aluno conheça a importância da Pratica de Exercícios Físicos (eu não disse ATIVIDADE física) e como ele se relaciona com saúde.

Conceitos fundamentais - Informática

Conceitos fundamentais - Informática

1 – História da informática

Como qualquer profissão é escencial saber como tudo surgiu, como foi a evolução dos computadores no decorrer do tempo desde o ábaco até Eeepc passando pelo ENIAC, UNIVAC, 8086, Apple II e por aí vai.

Primeira e segunda aula dar a matéria linearmente na terceira aula mostrar o filme “piratas do vale do silício”

2 – Diferença entre linguagem de programação, sistemas operacionais e programa

Saber conceituar estes tres pilares é a base para que ele possa densenvolver um programa e não pensar que está desenvolvento um sistema operacional ou uma outra linguagem de programação. Não cairmos na tão repetida frase “peguei o Windows e bati um texto nele” na realidade ele bateu o texto num editor de texto que é um programa não um sistema operacional que é o Windows.

Fazer com que o aluno monte o programa “alo mundo” em uma linguagem primária, dali mandar executar no Sistema Operacional.

3 – Desenvolvimento de projetos

Ao final de toda trajetória o aluno tem de saber desenvolver um projeto, passando pela fase de captação de dados, arvore estrutural, desenvolvimento, teste e conclusão.

Ensinar a utilizar a ferramenta open project que já o direciona para estas fazes, definir uma meta final de um projeto que realmente será aplicado ou no colégio ou fora mesmo.

Conceitos

Como vc conceitua?

Metrô: Meio de transporte para fugir dos engarrafamentos
Cor-de-rosa: A cor predileta da minha irmã
Neve: Papel higiênico macio
Hidroavião: Avião que pousa na água
Carneiro: Animal de pêlo macio
Saudade: Sentimento inexplicável
Inferno: "São os outros"
Cofre: Muito utilizado para guardar objetos de grande valor
Milagre: Questão de fé
Pavão: Homem que gosta de "aparecer"
Estrada: Caminho de ida e volta
Cobra: Animal peçonhento
Mar: Imensidão azul
Inteligência: Qualidade imprescindível em um ser humano
Fome: É o que eu sinto quando fico muito tempo sem comer
Cordialidade: Gentileza
Tornozelo: Fica acima do pé
Borboleta: Bicho colorido que voa
Barata: Muito nojento, prefiro não comentar.
Joelho: Parte do corpo que que se junta com a perna
Deserto:Lugar sem água
Túnel: Do tempo...
Cemitério: Lugar de paz, tranquilidade
Alegia: Poder viajar sem data para voltar

Conceitos Literatura e Língua Inglesa ( JJ e Sabine)

4 conceitos fundamentais:

Linguagem - é uma representação do mundo através da qual o homem interage com outro homem.

Cosmovisão ( mundividência) - é o modo pelo qual o homem percebe e interpreta a realidade interna e externa.

Tempo - é o momento em que ocorrem todas as relações humanas de acordo com a intenção de cada indivíduo ( ex. descobrimentos, atos bélicos, semanas culturais, momentos históricos, etc.)

Espaço - é o contexto objetivo, morfológico e de interação em que ocorrem todas as relações humanas de acordo com a intenção de cada indivíduo ( ex. condições de desenvolvimento urbano, rural, condições sanitárias, culturais, infra-estrutura, disponibilidade de locais, etc.)

Como chegamos a esse conceitos:
- Observamos o que era importante em cada disciplina.
- Observamos o que efetivamente tínhamos como objetivo na prática de cada um de nós.
- Generalizamos para criar conceitos que contemplassem as duas disciplinas.

CONCEITUANDO

Pensando em conceitos
Como você conceitua?

Metrô: Meio de Transporte rápido, subterrâneo um formato que evita o engavetamento e sempre lotado

Cor-de-rosa: Cor suave muito usada por meninas, eleita como cor estritamente feminina, estilo Barbie

Neve: Suave e muito gelada e leve

Hidroavião: Avião que pousa e decola sobre a água

Carneiro: Bichinho que parece de pelúcia, macio , origem da lan

Saudade: Sentimento doido de falta de alguém, não tem tradução

Inferno: Ameaça de uma vida pior, suposta-mente carregada de culpas, arrependimentos e muito quente,não sei se acredito nele

Cofre: Lugar onde se guarda coisas de valor material

Milagre: Algo que todos nós deveríamos ter direito a vários, é a mudança de uma realidade física que não poderia ser mudada, é algo tipo ajuda espiritual

Pavão: Animal com penas em formato de leque, com um colorido lindo , totalmente cheguei

Estrada: Início, começo direção

Cobra: Simboliza Pessoa má, traiçoeira, Animal rastejante, com veneno em sua mordida

Mar: Mundão de aguá salgada, um convite a reflexão, mistério

Inteligência: É aprender sem limites, Descoberta , ferramenta que temos fundamental a vida, é cada um de Nós

Fome: Falta de alimento de vida, de energia, de conhecimento, caminho contrario a vida

Cordialidade: Com afeto, carinho e atenção ao próximo

Tornozelo: Parte da perna com grande circulação de sangue e que o mosquito adora, local com alta concentração de cãibras

Borboleta: Liberdade, transformação , Coisinha linda

Barata: Bicho nojento

Joelho: Articulação que funciona com amortecimento e nos da flecibilidade

Deserto: Solidão, calor, vazio, nada

Túnel: Caminho escuro e longo, esperança

Cemitério: Pit stop, Lugar de parada, fim do corpo físico

Alegria: Superação, sentimento de plenitude , compreençao do hoje, fé , vida plena

Conceitos

Metrô: Meio de transporte em cidades urbanas
Cor-de-rosa: Pigmentação cromática
Neve: Água em estado congelado
Hidroavião: Transporte aéreo que possibilita "planar" na água
Carneiro: animal mamífero
Saudade: sensação estimulada pelo cérebro
Inferno: Conceito que varia de acordo com a identidade social do sujeito
Cofre: Espaço geralmente utilizado para guardar a propriedade privada
Milagre: Conceito que varia de acordo com a identidade social do sujeito
Pavão: Animal
Estrada: Conceito utilizado e em várias áreas do conhecimento. Como por exemplo na Arquitetura e Engenharia Civil, é considerada área de circulação. Em informática pode ser a entrada de informação.
Cobra: Animal
Mar: Água salgada
Inteligência: sensação estimulada pelo cérebro de acordo com características próprias do sujeito em determinadas situações (oportunidades sociais)
Fome: necessidade orgânica
Cordialidade: Conceito que varia de acordo com a identidade social do sujeitoTornozelo: termo utilizado como parte do corpo humano
Borboleta: inseto
Barata: inseto
Joelho: termo utilizado como parte do corpo humano
Deserto: espaço geográfico com características climáticas e vegetais próprias
Túnel: intervenção urbana para vias de transporte
Cemitério: Conceito que varia de acordo com a identidade social do sujeito
Alegria: sensação estimulada pelo cérebro.

Caminho e caminhos...

8 - "A maioria afirma que a profissão docente deve mudar - sobretudo em função da complexidade da nova sociedade - mas não se diz como, nem porque e para onde devemos mudar."

A sociedade mudou, as tecnologia avançaram, as possibilidades continuam se multiplicando a cada momento, no entanto uma coisa se mantém inerte e igual, a escola. Reproduzimos hoje a escola inventada pelo iluminismo, padronizada no estudo das ciências que questionaram a Igreja e seus dogmas.

Naquele momento, a escola refletia as necessidades da sociedade: questionar as verdades religiosas e criar padrões científicos. Refletiam as aspirações de mudança daquele instante, ou momento histórico. A nossa escola não busca resolver as questões do nosso momento. Hoje as aspirações são outras, a sociedade é outra, e a escola é a mesma – a escola se mantém a mesma. Exatamente aquela escola que muitas gerações vem questionando, sobretudo por seu caráter repetitivo, sem graça e porque não dizer: chata.

Sinto, de forma, ao mesmo tempo natural e agoniante, a necessidade da mudança! Mas, continuo, refletindo e tentando entender, para que lado andar. Termino sem grandes respostas, não pretendo aqui finalizar o tema. Lembro, mais uma vez, de uma passagem, um dos mais fantásticos diálogos na minha opinião, entre Alice e o famoso Coelho apressado!

Alice se vê perdida e confusa, diante de uma encruzilhada, com mil caminhos a seguir. Assim, pede a opinião do Coelho, e esse lhe responde que tudo depende... depende de onde se pretende chegar!

Acredito que o meu momento é de um questionamento interno: Onde pretendo chegar? Onde pretendemos chegar, juntos?

conceitos da Gabi...

Metrô: pontualidade, garantia do tempo de viagem e vergonha, aquela corrida da população para entrar no vagão e o comportamento dos mesmos.
Cor-de-rosa: infância, mundo ideal.
Neve: frio, brincadeira, diversão.
Hidroavião: isso existe mesmo,né? a maior viagem...
Carneiro: bichinho fofinho.
Saudade: distância, bons momentos, minha irmã.
Inferno: calor, barulho, desordem.
Cofre: local para guardar coisas de valor.
Milagre: acontece sempre, para os que tem fé e para o que estão precisando ter.
Pavão:A prova de que um rabo bom faz a diferença. um dos animais mais bem sucedidos com as fêmeas, graças a seu rabo...
Estrada: viagem! caminho!
Cobra: que envenena...
Mar: imensidão, eternidade.
Inteligência: desenvolve-se
Fome: a desgraça da humanidade, há fome de cultura, lazer, alegria, mas a pior delas a de comida.
Cordialidade: formalidade
Tornozelo: sinônimo de bola para quem não sabe jogar futebol...
Borboleta: transformação.
Barata: resistência
Joelho: delícia engordativa e barata que com refresco ou guaraná natural faz a alegria da galera!
Deserto: falta.
Túnel: passagem escura.
Cemitério: fim da linha.
Alegria: inocência
Como você conceitua?
Metrô: Um meio de transporte, que apesar de feio, é maior adianto
Cor-de-rosa: Uma cor
Neve: Gelo
Hidroavião: Avião que desce na água
Carneiro: Um bicho
Saudade: Falta
Inferno: Coisa ruim
Cofre: Um buraco onde gente rica guarda coisa que tem valor
Milagre: A força Divina
Pavão: Outro bicho
Estrada: Uma rua grande
Cobra: mais um bicho
Mar: Um mistério
Inteligência: A Capacidade de pensar, ser criativo e competente
Fome: Uma tristeza, nunca mais minha mãe sentirá isso de novo
Cordialidade: Educação
Tornozelo: Articulação que une tíbia e fíbula aos Tarsos. Primeiro local de ação propiceptiva dos corpo em posição antomica.
Borboleta: Outro bicho que não faz mal a ninguém
Barata: Mais um bicho que causa pavor em algumas mulheres
Joelho: Articulução do tipo ginglimo, formada por ligamentos cruzazos, anterior e posterior que executa movimentos de flexão e extensão de perna e uma leve rotação interna.
Deserto: Lugar quente a bessa e que tem camelos
Túnel: Um buraco no meio de uma pedra, que é muito mais prático que uma serra.
Como você conceitua?

Metrô: É um trem subterrâneo que também pode andar na superfície. É um trem chique. "Todo metrô é um trem, mas nem todo trem é um metrô".

Cor-de-rosa: É um vermelho meio branco ou um branco meio vermelho.

Neve: É uma espécie de chuva divertida que só cai em lugares de baixa temperatura.

Hidroavião: É um barco não conversível, mas que pode voar.

Carneiro: Uma espécie de bode. Bode chique.

Saudade: Boa lembrança do passado. Vontade de voltar no tempo.

Inferno: Casa do Diabo.

Cofre: Local onde se guarda pertences importantes, para o seu dono, e só ele sabe como abri-lo.

Milagre: Fato importante que acontece, onde e quando ninguém esperava que acontecesse. Ou uma coisa que a gente sabe que aconteceu mas ninguém viu.

Pavão: Ave com um leque no rabo.

Estrada: Rua que liga lugares mais distantes.

Cobra: É um réptil sem pernas e nem braços.

Mar: É um oceano menor

Inteligência: Todo mundo tem e quanto mais se usa maior ela fica.

Fome: Vontade de comer.

Cordialidade: Gentileza

Tornozelo: É a junta que une o pé e a canela.

Borboleta: É um lagarto cansado de hibernar e agora só que curtir o tempo perdido.

Barata: Um inseto nojento.

Joelho: É o que a mulher tem na frente e a galinha tem atrás.

Deserto: É uma praia imensa, mas sem água.

Túnel: Invenção de preguiçoso. É um buraco que se constrói para atravessar as montanhas sem
ter que escalá-las.

Cemitério: Local onde só se dorme uma vez.

Alegria: Felicidade que aparece de repente.

Conceituando...

Como você conceitua?
Metrô: meio de transporte inventado por tatus
Cor-de-rosa: impessoalidade da moda
Neve: ponto certo de se bater as claras para um delicioso suspiro
Hidroavião: avião com crise de identidade
Carneiro: vendedor de carne (rsrsrs)
Saudade: vontade de voltar atrás e rever alguém ou fazer alguma coisa que não rolou
Inferno: spa de pessoas cheeeeeias de boas intenções
Cofre: é pra falar mesmo? (rsrsrsrs)
Milagre: força do pensamento em ação
Pavão: ave festiva, sempre pronta pro carnaval
Estrada: caminho construído
Cobra: aquele capaz de engolir sapos
Mar: mundão de água salgada
Inteligência: igual cu. Cada um tem a sua. Difícil é descobrir a forma ideal de usá-la
Fome: necessidade não satisfeita
Cordialidade: maneira falsa de tratar bem os outros
Tornozelo: parte esquecida do corpo, por isso, teima em doer de vez em quando...
Borboleta: flor viajante
Barata: pesadelo
Joelho: dobradiça da perna
Deserto: vida sem emoção
Túnel: único buraco útil que encotramos no meio da estrada
Cemitério: lixão de seres humanos. Legal é ser reciclado!!!
Alegria: desejo satisfeito

RE Como você conceitua?

Como você conceitua?



Metrô: Meio de transporte eficiente que nos livra do trânsito carioca

Cor-de-rosa: Cor muito usada pelas seguidoras da Barbie, normalmente associada a uma coisa meiga e sem muito conteúdo mas que agrada a massa.

Neve: Agua congelada em pequenos cristais que formam uma camada aveludada na superfície

Hidroavião: Cruzamento entre o barco e o avião, muito utilizado em locais de grandes volumes de agua.

Carneiro: É o homem da ovelha, normalmente chifrudo e peludo. Só existe um alfa no grupo o resto fica chupando o dedo.

Saudade: Sentimento que nos faz ir em frente, nos motiva a ser algo melhor. Pois se sentimos saudades de algo ou de alguém é sinal de que isto nos transformou de algum modo.

Inferno: Como dizia o poeta que o Diabo é Deus de férias então o inferno é o sitio de praia dele.

Cofre: Local onde guardamos nossas coisas que temos medo de usar.

Milagre: Fenomeno que ainda não foi explicado pela ciência

Pavão: Grande referência de Drag Queens mas como elas tem pés trotos

Estrada: Algo que caminhamos por toda nossa vida na esperança que nos leve a um lugar melhor.

Cobra: Pivô entre uma disputa de Deus e Adão, mas graças a ela temos estradas pra trilhar.

Mar: o sangue da terra, a grande mãe criadora.

Inteligência: Algo a se conquistar não ganhar.

Fome: Um mal que deve ser esterminado do planeta.

Cordialidade: A chave da fechadura de muitas portas.

Tornozelo: Ponto fraco de Aquiles, devemos tomar cont de nossos.

Borboleta: Um ser que nos ensina muito, vive apenas 24 horas mas o faz com toda intensidade.

Barata: Lixeiro da natureza, muitas vezes mal compreendido.

Joelho: Salgado muito gostoso feito de pão queijo e presunto.

Deserto: Vasto campo inesplorável cheio de possibilidades ilimitadas.

Túnel: Um obstáculo transpassado pelo homem.

Cemitério: A morada de um novo ciclo de vida.

Alegria: Consequencia de uma vida plena.

Conceitos - Sabine

Como Sabine conceitua?
Metrô: Meio de transporte que se move em trilhos energizados através de túneis subterrâneos e espaços abertos semelhantes ao do trem, divido em cabines retangulares com bancos seguindo as normas do transporte público e, na maioria dos países, operado por empresas particulares.

Cor-de-rosa: Cor formada da mistura entre diferentes proporçoes de branco e vermelho, podendo ser composta por pigmentos de outras cores que formam suas variações ( do mais claro ao mais escuro). Limites não fixos : algumas pessoas consideram bordô um tipo de rosa por exemplo. Depende do vocabulário ao qual a pessoa foi exposta.

Neve: Precipitação em forma de flocos de água condensada a um ponto em que fica mais densa do que a chuva, admitindo variações da cor branco.

Hidroavião: Avião que, além de alçar vôo, flutua e se movimenta na água.

Carneiro: Animal de quatro patas, cuja energia corporal provem de vegetais, não resistindo bem a carnes quando as consome. Seu corpo é coberto de uma espécie de fio que origina a lã.

Saudade: Sentir falta de alguém ou de alguma coisa, ainda que essa pessoa ou coisa nunca tenha propriamente nos pertencido.

Inferno: Lugar na religião católica onde ficam as pessoas que não seguiram os preceitos cristãos após a morte, sofrendo pelo que fizeram em vida. Lugar em que na astrologia, de acordo com a posição dos planetas e a data de nascimento das pessoas, alguém estaria propenso a vivenciar um período de má sorte. Toda concepção de estado emotivo ruim do qual não se vê saída apropriada.

Cofre: Lugar onde se guarda com certa segurança um bem que nos seja valioso, usando chaves, senhas, códigos, travas, cadeados. No diminutivo, refere-se a parte superior da bunda que aparece quando alguém se agacha ou senta e a calça desce.

Milagre: Algo que desafia as crenças anteriormente estabelecidas por alguém e que se manifesta de maneira física, externa e/ou objetiva.

Pavão: Ave com duas patas e uma cauda cheia de penas multicoloridas, ou pessoa que sente a necessidade de expor seu ego.

Estrada: Caminho para carros ou pessoas construído a partir da necessidade de ligar dois pontos espaciais ( duas cidades, bairros, municípios, estados), etc.

Cobra: Animal rastejante que pode ser ou não venenoso e costuma fazer tocaias de suas vítimas. Pessoa que age com o objetivo de difamar outros ou gerar intrigas.

Mar: Água em grande quantidade que não é cercada de terra por todos os lados ( abre-se em praias e termina em oceano.

Inteligência: Atributo de quem consegue implementar, a partir das ferramentas que possui, seus objetivos e/ou resolver problemas. Essas ferramentas podem ser emotivas, motrizes, intelectuais ou...

Fome: Necessidade de consumir algo.

Cordialidade: Característica de quem se aproxima de outros com abertura de comunicação, um bom clima emotivo e boa vontade.

Tornozelo: Não sei ( sempre confundo tornozelo com calcanhar)

Borboleta: Inseto que voa cujas asas assumem diferentes padrões de cores, normalmente considerados belos.

Barata: Inseto em tons de marrom, que vive em ambientes considerados sujos pela maioria das pessoas, pode voar, gosta de umidade e normalmente é considerado nojento ou apavorantes

Joelho: Articulação de liga as duas partes da perna. Salgado de forno com presunto e queijo enrolado em massa de pão.

Deserto: Lugar onde por algum motivo só tem areia e faz muito calor de dia e muito frio de noite. E venta. Lugar onde não há pessoas e/ou lugar onde há menos pessoas do que se espera. Tipo: "A festa tava mó deserto"

Túnel: Passagem subterrânea ou por dentro de montanhas que corta caminho e facilita a movimentação. Normalmente associado a forma semi-cilindrica.

Cemitério: Lugar onde enterramos pessoas mortas, caso não queiramos incinera-las. Parece que tem gente que acredita que deve ser sagrado ou a pessoa sentirá desconforto depois de morta e não descansará em paz.

Alegria: O que sentimos unica e exclusivamente quando não estamos buscando.

Meus conceitos

Como você conceitua?
Metrô: Meio de transporte rápido, caro e tumultuado.
Cor-de-rosa: Vermelho clareado pelo branco.
Neve: Substância geláda, homogênea e divertida.
Hidroavião: Integrador.
Carneiro: Bicho com pelo macio e que ajuda as pessoas a dormir.
Saudade: Sentimento que nos faz refletir sobre o que poderíamos ter feito ou dito.
Inferno: Filho do medo com a mentira.
Cofre: Lugar seguro, e no meu caso, sempre vazio.
Milagre: Vida.
Pavão: Cor, beleza e, em alguns casos, exagero.
Estrada: Direção à seguir, conjunto de passos na mesma direção.
Cobra: Profundo conhecedor(a) de um contexto.
Mar: Imensidão, mistério, alma.
Inteligência: Ferramenta.
Fome: Alavanca.
Cordialidade: Obrigação para com o próximo.
Tornozelo: Bota de gesso.
Borboleta: Leveza, Liberdade, Beleza e transformação.
Barata: Insignificância; Ser que se esgueira pelas sombras e lugares fétidos.
Joelho: Flexibilidade.
Deserto: Solidão.
Túnel: Passagem pelo interior de algo.
Cemitério: Paz, neutralidade.
Alegria: Morfina.

TODO PONTO DE VISTA É A VISTA DE UM PONTO

TODO PONTO DE VISTA É A VISTA DE UM PONTO

Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.

Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.

A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer, como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita. Cada um lerá e relerá conforme forem os seus olhos.

Compreenderá e interpretará conforme for o chão que seus pés pisam.

Os antigos bem diziam: habent as fata libelli, os livros têm seu próprio destino. Tinham razão, porque o destino dos livros está ligado ao destino dos leitores.

Convidamos você a fazer-se, junto com as forças diretivas do universo, co-criador do mundo criado e por criar.

Leonardo Boff

A Águia e a Galinha – Uma metáfora da condição humana

Editora Vozes

Pensando em conceitos

Como você conceitua?

Metrô:

Cor-de-rosa:

Neve:

Hidroavião:

Carneiro:

Saudade:

Inferno:

Cofre:

Milagre:

Pavão:

Estrada:

Cobra:

Mar:

Inteligência:

Fome:

Cordialidade:

Tornozelo:

Borboleta:

Barata:

Joelho:

Deserto:

Túnel:

Cemitério:

Alegria:

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

ARTE DE SER FELIZ

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ôvo de louça azul. Nesse ôvo cotumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma côr do ôvo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flôres. Para onde iam as flôres? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vêzes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.Perto da janela havia um jardim quase seco.
Era numa época de estiagem, da terra esfarelada,e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde,e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sôbre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espêssas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam o muro. Gatos que abrem e fechamos olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho no ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. Eu me sinto completamente feliz.
Mas quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecilia Meireles

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Será um vazio ou trata-se de ocupar um espaço que jamais foi ocupado?

1 - "Talvez esteja aí a chave para entender a crise que vivemos: perdemos o sentido
do que fazemos, lutamos por salário e melhores condições de trabalho sem esclarecer a
sociedade sobre a finalidade de nossa profissão, sem justificar porque estamos lutando."


É bem comum encontrar pessoas que reclamam da vida, do mundo, da família, parece que tudo está contra, que o mundo gira sempre no sentido contrário dela ou de seus amigos e familiares, enfim tudo nela está errado. O tempo passa e algumas coisas se resolvem e logo ela elege outras reclamações outros motivos que possam justificar o tal fracasso. Esse mal que é individual, também surge muitas vezes em níveis sociais, então as reclamações são grandes e conjuntas, mas também quando superadas logo aparecem outras ou quando não encontram superação são esquecidas e substituídas por novas.

Há quem acredite em um vazio de sentido no mundo, e que logicamente este vazio atinge também os professores. Será um vazio ou trata-se de ocupar um espaço que jamais foi ocupado?

Como vamos dar sentido ? Lembrando que o sentido é algo que deve levar em conta a situação contemporânea e isto exige estudo e dedicação. Se avaliamos que a crise é dos educadores/professores ou do ensino ou do sistema educacional, então tudo já vai começar errado.

A crise é social e pessoal, está em toda parte do planeta e atinge todas as profissões, talvez por sermos nós os “educadores” ficamos numa berlinda onde tudo é mais visível. É fundamental perceber o mundo em que vivemos, projetar que mundo queremos e deixar sem medo que o novo possa brotar daqueles que ensinamos e ensinaremos, sem espaço pra conservadorismo. Portanto, antes de pensarmos que educação queremos, temos que pensar que mundo queremos. E quais são as formas de luta, de revolução que são adequadas no momento atual.

O fato dos professores apontarem problemas nos dias de hoje, não significa que tudo estava bem no passado, apenas estamos vivendo um momento histórico em que as transformações cobram uma saída, seja pela aceleração da tecnologia ou pelo questionamento do “tal sucesso neoliberal”, o fato é que começamos a perceber em conjunto que nada funciona na tal sociedade atual, e sem um sentido, uma alternativa, parece que toda a sociedade vive no automático.

Aos educadores, cabe a tarefa de ajudar a interpretar o mundo atual, e mais do que isto, dar condições, dar alicerce através do ensino para toda a mudança que chega sem pedir licença, através da tecnologia e da indignação acumulada por anos de uma educação marcada pela repressão e conservadorismo.

POR QUE ENSINAR?

3 - "O professor é muito mais um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. O aluno precisa construir e reconstruir conhecimento a partir do que faz. Para isso o professor também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos.Ele deixará de ser um “lecionador” para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem."

21 - "Há muitos professores e professoras que se sentem infelizes na escola e principalmente na sala de aula. Falta interesse, falta disciplina, faltam objetivos claros, enfim, falta sentido para o que ensinam. O aluno também não vê sentido no que está aprendendo na escola. E vem a pergunta desalentadora: “Para que estou estudando isso, professora?” -“Para que estudar?”.

Esses trechos, nos fazem perceber que devemos , buscar sentido, entender nossas motivações.
Se não somos curiosos, se não buscamos e encontramos novos e verdadeiros sentidos , nossos alunos também não vão fazê-lo.
Ninguém aprende porque é dito que tem que aprender.
Ninguém precisa de alguém desmotivado, que não acredita no que ensina, se assim for, será melhor estudar a distância, que é um recurso que hoje podemos contar.

Só sairemos desta condição de insatisfação, quando encararmos, enfrentarmos o medo do novo, nos lançar ao utópico, que é o nosso sonho, e ir com tudo, transformar em ação nossos pensamentos e sentimentos, mas devemos ter também bem claro uma certeza, a de que para conseguirmos devemos estar unidos, juntos


Adorei!!!

Pensar sobre educação, da forma que é apresentada aqui no texto "Boniteza de um Sonho", de Moacir Gadotti “
Bom de mais, revigorante estimulante é tudo de bom!

Por que estudar?

"A educação não é só ciência, mas é também arte. O ato de educar é complexo. O êxito do ensino não depende tanto do conhecimento do professor, mas da sua capacidade de criar espaços de aprendizagem, vale dizer, “fazer aprender” e de seu projeto de vida de continuar aprendendo."

"Só é possível conhecer quando se deseja, quando se quer, quando nos envolvemos profundamente com o que aprendemos. No aprendizado, gostar é mais importante do que criar hábitos de estudo."

"O professor precisa saber que é difícil para o aluno perceber a relação entre o que ele está aprendendo e o legado da humanidade. O aluno que não perceber essa relação não verá sentido naquilo que está aprendendo e não aprenderá, resistirá à aprendizagem, será indiferente ao que o professor estiver ensinando. Ele só aprende quando quer aprender e só quer aprender quando vê na aprendizagem algum sentido. Ele não aprende porque é “burrinho”. Ao contrário, às vezes, a maior prova de inteligência encontra-se na recusa em aprender."

Os textos selecionados acima, foram os que considerei mas interessantes para colocar em discussão. Isso porque me interesso em entender o perfil psicológico de meus alunos. Percebi ao longo de minha curta carreira que ser professor é ser um pouco psicólogo, talvez isso explique meu fascínio pelas aulas de psicologia da educação na faculdade. Lendo o livro de Rubem Alves sobre a escola da Ponte; “A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” percebi como o olhar do psicólogo é crucial.
O processo de aprendizagem do aluno, que procura a sua luz própria, é único. Sendo, por isso, uma experiência psíquica intensa. E cabe ao professor conceder um ambiente propicio, para esse momento de “insight” único e individual de cada aluno. A função do professor ao longo dos tempos e das “escolas” foi se transformando e se perdendo. No principio a instituição “escola” não existia, os filhos dos nobres e membros da realeza não tinham que arrumar merendas e vestir uniformes para ir aprender. Pelo contrário os professores “mentores” acompanhavam seus pupilos em casa, nas bibliotecas, pelos campos. E esses iam aprendendo no dia a dia a partir que a vida colocava os problemas em suas frentes, sem avaliações, sem reprovações. A aprendizagem era espontânea, divertida, desejada, e é só assim que ela ocorre.
A escola de hoje acabou com o processo natural e individual que é a aprendizagem. E o professor acompanhou essa desconstrução, pois teve que massificar o conhecimento. A escola se tornou um ambiente desagradável e chato, onde o aluno teve que se tornar obrigado a comparecer (menos de 75% de presença causa reprovação por falta). E a conseqüência disso é a violência o desrespeito e a “burrice”, alias esse ultimo termo é o que menos gosto. Ninguém é burro, o professor é que não conseguiu despertar o desejo de aprendizagem e avaliou erroneamente o aluno. Com respeito a isso coloco para a reflexão a estória a seguir, entre um aluno, um professor e sua avaliação:

Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota 'zero'. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma 'conspiração do sistema' contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido. Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia: 'Mostrar como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro.' A resposta do estudante foi a seguinte:
'Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício.' Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredito. Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de Física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder a questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de Física.
Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder.Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.
No momento seguinte ele escreveu esta resposta:
'Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando a fórmulah = (1/2)gt2; calcule a altura do edifício.'
Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.
Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas.
"Ah!, sim," - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro."
Perante a minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes explicações.
"Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo. bem como a do edifício. Depois, usando uma simples regra de três, determina-se a altura do edifício."
"Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas ter-se a altura do edifício em unidades barométricas."
"Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício, tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença."
"Finalmente", concluiu, "se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se:
'Caro Sr. síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.'"
A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.

ENSINAR COM E PARA A ALEGRIA

Escolhi falar deste tema porque há muito uma idéia vem me rondando a cabeça: Por que a alegria não encontra espaço na escola? Por que em muitas escolas de Educação Infantil – não por acaso também chamada de educação pré-escolar- professores e alunos são alegres, lidam com os saberes e sabores da vida com uma natural simplicidade, abertos ao inusitado, ao irreverente, ao prazer sem perder o foco da missão de ensinar e de aprender e esta alegria não consegue espaço nos muitos anos de escolaridade que se seguem?

Alunos e professores, quando presos ao espaço escolar, com toda a carga formal que lhe é imposta, perdem, gradativamente, esta alegria. E isto não é por acaso... A Escola vira o espaço da seriedade e a Classe de Alfabetização (hoje chamada de 1º ano de escolaridade) é o grande rito de passagem. Quem sobreviver a ele, minimamente, terá condições de seguir a diante, porque aprendeu a primeira lição: seriedade e alegria não combinam com escola, não combinam com o processo de transmissão de conhecimento.

Hoje, ouvindo os colegas de trabalho comentarem sobre suas infâncias e sobre como se alfabetizaram e percebendo a diferença etária existente entre eles é que constato o fato de que se muitos seguiram pela vida conservando a curiosidade da infância, a alegria da descoberta e o gosto pela leitura, isso não teve qualquer ligação com o processo de escolaridade que viveram, salvo algumas exceções. A grande maioria foi incentivada a realmente ler a vida em outros espaços, com outras pessoas que por não estarem presos ao rótulo de professor puderam ser educadores. Graças a Deus que estes subversivos existem na vida da maioria de nós... Graças a Deus, com estes, pudemos aprender que alegria combina mesmo é com saber, do qual a transmissão de conhecimento é apenas uma etapa. A escola bane a alegria de seu interior porque tantos sábios juntos incomodariam...

Mas aí, após esta constatação, vem o momento da tomada de decisão, momento político de real importância: Que escola queremos? Que professor desejamos ser? Podemos resgatar em nós e em nossos alunos a alegria do desvendamento de nós mesmos e do mundo? Queremos embarcar nessa aventura ou continuaremos fazendo da escola este espaço hermético, asséptico, enfadonho ? Queremos brindar com nossos alunos a vida que pulsa e trabalhar esta energia em todas as suas linguagens abrindo as portas para o que será ou rotineiramente, cumpriremos um ritual macabro de saudação eterna ao que já foi?

"O próprio professor precisa construir também o seu projeto político-pedagógico."

"O próprio professor precisa construir também o seu projeto político-pedagógico."

Antes de saber o que transmitir, antes de saber o que fazer, antes de saber o que pensar, antes de saber como agir em determinadas circunstâncias, o profissional da educação deve SE descobrir, ou seja, observar quais os caminhos lhe são oferecidos e fazer a SUA escolha.
Até que ponto nos conhecemos?
Vamos fazer uma experiência?
Pegue uma caneta e desenhe as linhas de sua mão num papel (sem olhar, é claro), em seguida compare o desenho com as linhas na sua palma da mão.
O resultado pode nos mostrar que não nos conhecemos “como a palma da mão” e isso nos leva a refletir sobre a possibilidade de adotarmos um projeto político-pedagógico e/ou ideal antes que coloquemos em prática determinadas atitudes que possam caminhar na contra mão ao que queremos, ao que desejamos e da responsabilidade que temos.
Na medida em que se olha no espelho e se diz “Sou Professor” estamos renegando o direito de se “ficar em cima do muro”. Passamos a adotar atitudes onde a busca incessante pela emancipação do aluno deve ser fazer parte da nossa vida enquanto EDUCADORES e assim o ponto fundamental na elaboração/execução de nossas práticas.

CONVERSA ENTRE AMIGOS

No final do ano recebi o convite/pedido/ordem/requisição de um amigo muito querido de traduzir dois livros de outro amigo muito querido, Dario Ergas, um chileno integrante do Movimento Humanista do qual também faço parte. Os livros: “O sentido do sem-sentido” e “O olhar do sentido” têm sido meus companheiros desde o dia 28 de Dezembro do ano passado e influenciado tudo em minha vida. Dario procura estabelecer um diálogo com quem lê e como todos os seus comentários acerca do que seja o humano são baseados em experiências/registros muito pessoais, é fácil se identificar com a leitura.
Esclareço isso porque, como Gadotti diria, e antes dele Freire, e Alves e tantos outros, contexto é tudo. Bem, amigos é nesse momento que o texto para estudo número I invade minha caixa de e-mail com suas 25 páginas. Devo confessar que, imersa como estava na linguagem filosófica e poética de Mr. Ergas, quase que não consegui lê-lo. Mas li, procurei entrar no clima e cada frase me deixava profundamente incomodada. Eu organizo o trabalho com meus alunos? Eu inovo? Sou mediadora do conhecimento? Nossa, eu não sou nada disso! Devo ser? Quero ser? Ohmygod!
Não me entendam mal, eu adoro mudanças e me considero alternativa. Mas as perguntas picaram minha mente que nem abelhas, incharam, só não criaram pus porque eu sou limpinha. Pensa só nisso aqui que ele diz:
"O professor é muito mais um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. O aluno precisa construir e reconstruir conhecimento a partir do que faz. Para isso o professor também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o quefazer dos seus alunos.Ele deixará de ser um “lecionador” para ser um organizador do conhecimento e daaprendizagem."
Aí que eu lia um pouco do Gadotti e traduzia um pouco do Dario. E um começou a conversar com o outro, bem ali, na tela do meu computador. O Gadotti dizia: “Aluno sujeito de sua formação... blábláblá.... construir e reconstruir....blábláblá” e o Dario dizia que a Bondade, a Sabedoria e a Força estão dentro de nós e não são NOSSAS como, digamos, um MP3 pode ser NOSSO, mas são energias que andam por aí, pelo universo, subterrâneas e que os seres humanos, como construtores de sua própria realidade, podem trazer para o plano material, para esse mundo em que vivemos.
Claro que eu tive que me meter na conversa! No domingo, acordei cinco e meia da manhã e fui para o terraço do sobradinho onde moro com minha filha. Fui ver o nascer do sol, fiz exercício, tudo com uma música imaginária de fundo (para os curiosos era a trilha sonora de O Feitiço de Áquila). Fiquei lá vendo o sol nascer e sentei um pouco para meditar sobre tudo que andava lendo. Respirei fundo, deixei que os pensamentos passassem sem procurar retê-los ou afasta-los, observei que minha mente estava inquieta, meu coração sobressaltado e meu corpo tenso. Relaxei lentamente. E perguntei bem pro fundo de mim mesma: “Qual é o Sentido disso tudo?”.
E não é que entre leituras, respirações e concentração me veio uma resposta. Uma resposta em forma de imagem. Tentarei traduzir em palavras: O ser humano é como um pintor que escolhe as tintas com que trabalha. Pode trabalhar com tintas de qualquer cor e cada tinta tem uma característica e produz um efeito nele. Pode trabalhar com a tinta da Paz e semeá-la, mas normalmente tem muito medo de desaparecer se o fizer, de ser menos de alguma maneira. Pode trabalhar com a tinta da Sabedoria, mas teria de abrir mão de “saber mais do que” para simplesmente saber. Pode também trabalhar com a tinta da Força que independe do resultado, a Força que se registra independente do que acontece pra lá ( pra fora de nós). Pode também ficar na base da argamassa, só consertando coisas menores e nunca chegando a colorir mesmo sua obra.
E nessa imagem nosso trabalho seria justamente navegar e ajudar a que outros naveguem essas energias internas tão poderosas e as expressem no mundo. Imagino rios subterrâneos de energias e a gente surfando nelas...Bem, pra mim funciona ! É subjetivo, lógico!
Daí o Dario ouviu, gostou e disse:
- Sabia que se a gente olhar com cuidado e buscar os momentos em que a gente estava fazendo alguma coisa em direção aos outros, sentindo-nos muito bem conosco mesmo, encontramos várias ações em nossas vidas que nos indicam nossa missão?
E o Gadotti respondeu:
- Claro! Encontrando nosso próprio sentido conseguimos apontar o sentido ao “quefazer” de nossos alunos!!!!
Já estavam agindo como amigos e infância, os dois!!!!
E Dario completou:
- O problema é que a gente espera que essas ações, esse momentos de sentido, que eu chamo de ações válidas, sejam momentos grandiosos, assim como em hollywood e na verdade são momentos super simples, mas que são muito profundos e alegres. Uma alegria tranqüila, não uma alegria com efeitos especiais, sabe?
Gadotti entendeu perfeitamente.
E eu também.
Eu entendi que quando as perguntas dele me feriam era porque eu esperava que em sala de aula esse “construir o sentido” fosse glamouroso, hollywoodiano, cheio de efeitos especiais e diálogos bem construídos. E não chega nem perto. Mas...é justamente essa necessidade de que seja tão “super-ultra” que nossos alunos sentem comparando a aula com a televisão. E é justamente isso que nos afasta do humano. E o humano, que é um materializador de sonhos, passa a ser um ser triste, cabisbaixo que pensa que as coisas vêm de fora, acontecem com ele, são tão injustas e que não há nada que ele possa fazer, quando, na verdade, é ele quem as projeta assim.
Enfim, eu entendi que ficava preocupada com as perguntas e não conseguia ver momentos de sentido em minha prática pedagógica anteriormente porque estava procurando do jeito errado. Procurando o tipo errado de coisa. Quando comecei a buscar simplicidade, encontrei: situações em que ajudei meus alunos, cumplicidade, tentativas de inovação, acertos, erros, medo, dias muito bons e muito ruins, mas, principalmente, encontrei pessoas que estavam tentando materializar as tais energias boas aqui na terra e, nem sempre conseguiam, mas estavam mesmo tentando.
Eu desejo que essas imagens emotivas guiem mais minha prática esse ano do que imagens cognitivo-intelectuais, que esses caras maneiros e cheios de idéias continuem conversando na minha cabeça e que eu encontre ( ainda não estou nem perto de saber como) uma forma de fazer tudo isso ensinando inglês.

Perguntas e mais perguntas

Perguntas, dúvidas, questionamentos... Existem respostas?

Este texto nos sensibiliza mais uma vez, outra vez e de novo para a necessidade de mudança no sistema educacional. Lembra-nos da importância do professor educador nesta sociedade destruída, com a moral e os valores deteriorados. Continuo me perguntando:
Como fazer??
Se chegamos a um consenso de aonde queremos ir, está na hora de aprender como fazer para alcançármos nossos objetivos.

O programa disciplinar está muito atrasado em relação às necessidades dos nossos alunos.

A mudança na metodologia leva tempo. Tempo de estudo, de preparação de material, de encontro entre os professores e, como estamos num país capitalista, tempo é dinheiro. A escola não pode bancar este tempo de maior envolvimento dos professores,daí, nossa profissão exigir um sacrifício, uma maior dedicação, um esforço a mais, o professor educador, deve fazer por amor a profissão, por crença e ideais, e quem sabe ser recompensado com uma turma, meia, ou apenas alguns alunos que tenham tido suas vidas mudadas, transformadas ou tocadas, e que esta seja sua recompensa, a melhor das recompensas que dinheiro nenhum no mundo pode pagar...

Chega de blá,blá,blá... Quero botar a mão na massa e fazer acontecer.

Tentar algo novo

"O professor hoje precisa ser um profissional capaz de criar conhecimento."
Na minha opinião, ler esse trecho do texto “Boniteza de um sonho”, de Moacir Gadotti, foi como levar um tapa na cara. Por mais que eu fale para as pessoas que: a Matemática é linda, que tudo na vida envolve matemática, que ela nos trouxe vários avanços e por isso é muito importante estudá-la. No fundo eu tenho plena convicção que não construí nenhum conhecimento com os meus alunos. A matemática pode ter significado pra mim, mas com a minha maneira tradicional de dar aula eu não consegui fazer com que os meus alunos vissem sentido na matemática. É claro que eu vou culpar a minha formação. Mas desde o momento que percebi que não conseguia construir com os conhecimentos matemáticos com os meus alunos, a culpa voltou a ser minha. Pois preferi continuar no método tradicional, pois é mais fácil.
Porém, agora é o momento de tentar fazer algo diferente. E estou disposto a aprender e ensinar de uma outra maneira.
Wellington Serra

PROFESSOR COMO NARRADOR NO MUNDO

"A maioria afirma que a profissão docente deve mudar - sobretudo em função da complexidade da nova sociedade - mas não se diz como, nem porque e para onde devemos mudar."



Esse trecho do texto de Moacir Gadotti nos faz pensar sobre uma questão mais ampla que é pensada pela sociedade como um todo. A educação formal está em crise. Ela é constituída por vários agentes: aluno, professor, coordenadores, orientadores educacionais,curso de formação de professores, poder público e outros. No senso comum há sempre uma tendência em culpabilizar um dos agentes.
Não vou aqui listar o discurso dos alunos, dos pais, do poder público sobre essa crise na educação, mas no discurso de muitos professores.
Para esses professores a crise na educação está associada á uma falta de uma política competente do Estado, a crise ética da sociedade em escala local, nacional e global, que produz um aluno sem limites, sem vontade de aprender, desmotivado.
Mesmo aquela minoria que acredita que a mudança também deva partir do professor, apenas fica estacionada numa analise denunciativa, não apontando caminhos possíveis que podem ser seguidos. Penso que os professores ainda esperam que apareça de “cima” um decreto ou uma nova teoria pensada por um “iluminado” que possa resolver todos os problemas de sua prática docente.
Talvez os primeiros passos para a mudança sejam tentar compreender que momento histórico é esse que estamos vivenciando, acreditar na sua autonomia intelectual, na sua capacidade de pesquisador e nas possibilidades de parceria na práxis do cotidiano escolar.O professor precisa deixar de ser “narrador do mundo para ser narrador no mundo”, sendo assim será mais fácil descobrir qual a sua importância e qual o sentido que a sua função de educador tem para contribuir para a transformação de um mundo mais justo.

RE Será que eu consigo?

7 - "O professor hoje precisa ser um profissional capaz de criar conhecimento."

Tiro esta máxima passando uma experiência técnica pessoal no meu antigo emprego, quando fomos implantar um sistema de gestão de obra novo pois o antigo não dava conta da nova demanda, os fabricantes falavam que se podia integrar as obras ao escritório administrativo apenas com a instalação da base de dados na matriz e que a cada dia que se conectasse a internet passa-se o IP (endereço eletrônico) do dia para todas as obras. Pensei com meus botões a construtora que tiver 30 obras demoraria o dia inteiro só pra passar o endereço de IP do dia. O que fiz, entrei num site chamado no-ip.com onde você pode baixar um programa que joga o seu ip do dia num endereço de internet e pronto, não precisava mais ter esta rotina, bastava configurar as máquinas para acessar este endereço que tudo funcionava redondo.

19 - "É o sujeito que aprende através da sua experiência. Não é um coletivo que aprende. Mas é no coletivo que se aprende."

Atravessar a rua, por mais que a sua mãe lhe ensine a atravessar a rua você só vai faze-lo quando estiver sozinho, e fará de sua maneira, a quem olhe os dois lados e vai, a quem olhe dá uma exitada e atravessa, a que não olhe e conta com a sorte. Mas no fim das contas todos conseguem atravessar com eficiencia.

20 - "Só aprendemos quando colocamos emoção no que aprendemos. Por isso é necessário ensinar com alegria."

"Saber não é o bastante; precisamos aplicar. Querer não é o bastante, precisamos fazer." - Bruce Lee

Será que eu consigo?

“A sociedade do conhecimento é uma sociedade de múltiplas oportunidades de aprendizagem. As conseqüências para a escola, para o professor e para a educação em geral são enormes: ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazersínteses e elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a prática; ser aprendiz autônomo e a distância.”

Esse trecho, retirado do texto “Boniteza de um sonho”, de Moacir Gadotti, resume bem todas as minhas expectativas como professor de matemática. Não sei se já consegui alcançar esses objetivos, mas quando estou em casa, estudando ou preparando aula, para os meus alunos, tento levar para eles uma matemática que lhes permitirá: ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer sínteses e elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a prática; ser aprendiz autônomo e a distância.”
Aproveito esse trecho do texto para fazer uma reflexão: será que a “minha matemática” me permite todas essas coisas que estão escritas acima? Eu acho que sim.
Wellington Serra

Mudar pra que?

"A maioria afirma que a profissão docente deve mudar - sobretudo em função da complexidade da nova sociedade - mas não se diz como, nem porque e para onde devemos mudar."

Esta semana procurando um colégio para matricular o meu filho no 6º ano do Ensino Fundamental, acessei a página de um colégio na Penha em que na sua proposta de avaliação citava as mudanças na legislação e na importância de se adequar a nova forma de avaliar criando vários recursos para auxiliar o aluno na sua avaliação. Enfatizava a importância de se criar outros instrumentos tais como trabalhos, pesquisas, atividades extras para juntamente com a prova refletirem uma visão mais completa do aluno não se limitando unica e simplesmente na prova. Tudo isso no entanto sem perder o norte da questão que é a nota, que continua sendo o principal.
Logo depois como tópico seguinte vem o manual do aluno em que é relatada toda a relação que a escola vai travar com o aluno quanto a questão comportamental. E ai toda a rigidez é colocada como pontualidade nos horários, não sendo permitidos mais de 3 atrasos (onde o aluno retorna para casa e só pode aparecer na escola com autorização do responsável. Isto porque o aluno se atrasou.) Quanto ao uniforme, onde o aluno só poderá usar o uniforme da escola e mais nenhum, nem casaco, só o casaco do uniforme. Enfim, poderia estar aqui citando muitos outros ítens deste manual e escreveria o dia inteiro.
O importante neste sentido é questionar e refletir como as coisas funcionam na nossa cabeça. Mudar, por que mudar?, como mudar?
O texto em uma outra parte cita os diversos seminários e congressos sobre educação onde se passa um dia inteiro num lugar belíssimo, chão aveludado, poltronas imponentes, ambiente finíssimo, e uma pessoa investida de um linguajar muito envolvente e que nos encanta durante todo o tempo de sua fala, mas que porém, ao final como que num estalo termina o encanto, e venho para casa da mesma forma que fui sem saber o que fazer, como fazer, como resolver as minhas dificuldades no relacionamento para com os meus alunos, sem a resposta de como desenvolver uma dinâmica de aprendizado em que o meu aluno saia com um conteúdo embasado, em que ele entenda e assimile, não apenas decore e responda para mim aquilo que eu quero ouvir.
Acho que neste momento se queremos realmente mudanças, se eu defendo realmente isto e não só da boca pra fora porque é bonito falar, devemos primeiramente nos despojar do que acreditamos como verdade plena. Escutar o que é novo, refletir e deixar as coisas acontecerem, permitir que as coisas aconteçam. Digo isto internamente, deixar fluir pelo seu corpo o novo. Nós temos medo no novo. Tudo aquilo que ameaça as nossas convicções tende a ser rechaçado, porque não sabemos lidar com o novo. E pelo pouco tempo que tenho de contato com todos vocês percebo que um grande problema que assola toda a classe de professores no relacionamento com os alunos é o famigerado "controle de turma". Acho que ai reside um problema que hoje percebo que acompanha a educação a muito tempo, desde os meus tempos de criança e que hoje percebo de forma bem mais clara. Agora entendo o comportamento do meu professor de quimica do Ensino Médio (antigo cientifico) que explicava a matéria sem olhar para ninguém, não se importando se você estava entendendo ou não e que tirava onda de ser "o cara". Todos nós na sua aula ficávamos quietinhos para não perdermos a explicação. Entendo a minha professora de Língua Portuguesa que por outro lado chorava em sala por não conseguir fazer com que ficássemos quietinhos prestando atenção em sua aula porque ao contrário do outro professor era aquela professora boazinha, que falava baixo e que pedia silêncio e ninguém obedecia.
Toda a relação que se trava com outro ser sempre e em qualquer situação vai ser complicada, porque envolve vida salvo as que são estabelecidas profissionalmente onde está dito a que veio (e esta não pode ser considerada uma relação verdadeira) daí termos o tal colega de trabalho que nunca vai ser meu amigo.
Educação não é algo que se passe para o outro meramente por dinheiro. Mesmo quando penso desta forma estou transmitindo vida (mesmo sendo um mal exemplo).
Conheço professor de 4ª a 8ª série que diz levar muito a sério a educação e por ser tão rigida é capaz de dizer para um aluno que faz muita bagunça que vai ficar fora de sua aula por um mês. Diz que esta é a forma de não se atrapalhar os que querem aprender.
Como salvar uma alma dessa, como fazê-lo refletir sobre tudo isso? Aqui mesmo na escola já teve professor que colocou em nosso mural materia de jornal em que se defendia que o professor não tem nada a ver com a educação do aluno. Que a sua função não deve se misturar com a vida do aluno. Ou seja, não me interessa quais os problemas que você tem, se comeu ou se está sem comer por falta de dinheiro e o pouco dinheiro é para a passagem, enfim, o meu papel é vir a escola dar a aula e ir embora. Na hora de avaliar eu não tenho nada a ver com a sua vida e o que você fez ou não eu tenho uma nota vermelha ou azul e que determina a sua situação.
Na realidade tudo isto é muito prático porque se eu me escondo na figura de durão eu controlo a a situação e pronto, ninguém me enche o saco. Se eu tenho o critério que me diz que nota vermelha é reprovado e azul é aprovado, pronto, para que me preocupar com outras coisas?.
E assim caminha a classe de educadores deste país (não generalizando, mas em função do quadro que vemos).
A profissão do docente deve mudar sim e muito já começando lá atraz no juramento que se faz na formatura, de levar o conhecimento a todos então se são todos são todos sem excessão. As formas de se levar o conhecimento são o grande desafio de todo educador para que o conhecimento seja compartilhado, seja vivido, seja trocado e isto envolve experiências diferentes de vida que ao se juntarem em um ambiente sirvam para engrandecer e fazer o ser humano crescer. Mas como disse no início isto tem que estar dentro de cada um de nós, tem que estar impregnado de sentimento de mudança, tem que estar aberto para o que há de vir.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Proposta de trabalho

Escolha um dos trechos a seguir - retirados do texto "Boniteza de um Sonho", de Moacir Gadotti - comente-o e publique o seu comentário.

Pode escolher mais de um trecho.
Pode escolher um companheiro para comentarem juntos.
Pode pesquisar outros textos ou/e imagens para incluir e ampliar o seu comentário.
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1 - "Talvez esteja aí a chave para entender a crise que vivemos: perdemos o sentido
do que fazemos, lutamos por salário e melhores condições de trabalho sem esclarecer a
sociedade sobre a finalidade de nossa profissão, sem justificar porque estamos lutando."
----------
2 - "A sociedade do conhecimento é uma sociedade de múltiplas oportunidades de aprendizagem. As conseqüências para a escola, para o professor e para a educação em geral são enormes: ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer
sínteses e elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a prática; ser aprendiz autônomo e a distância."
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3 - "O professor é muito mais um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito do sua própria formação. O aluno precisa construir e reconstruir conhecimento a partir do que faz. Para isso o professor também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o quefazer dos seus alunos.
Ele deixará de ser um “lecionador” para ser um organizador do conhecimento e da
aprendizagem."
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4 - "Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores."
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5 - "Em geral, a sua formação limita-se a aspectos técnico-pedagógicos e não ético-políticos, que seriam mais afinados com os motivos da sua escolha."
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6 - "A docência, como aprendizagem da relação, está ligada a um profissional especial, um profissional do sentido, numa era em que aprender é conviver com a incerteza."
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7 - "O professor hoje precisa ser um profissional capaz de criar conhecimento."
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8 - "A maioria afirma que a profissão docente deve mudar - sobretudo em função da complexidade da nova sociedade - mas não se diz como, nem porque e para onde devemos mudar."
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9 - "Hoje o domínio dos conteúdos de um saber específico (científico e pedagógico) é considerado tão importante quanto as atitudes (conteúdos atitudinais ou procedimentais)."
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10 - "Numa concepção emancipadora da educação, a profissão docente tem um componente ético essencial. Sua especificidade está no compromisso ético com a emancipação das pessoas. Não é uma profissão meramente técnica."
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11 - "Os sistemas de ensino investem na formação individual (individualista?) e competitiva do
professor, quando o mais importante é a formação para um projeto comum de trabalho,
a formação política do professor."
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12 - "O próprio professor precisa construir também o seu projeto político-pedagógico."
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13 - "O professor, pode ter um papel mais decisivo na construção de um novo paradigma civilizatório se entender de outra forma o seu papel na sociedade do conhecimento e educar para a humanidade. Ele pode ter um poder como nunca teve na sociedade. E como o poder nunca é doado, mas é conquistado (...)"
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14 - "A educação não é só ciência, mas é também arte. O ato de educar é complexo. O êxito do
ensino não depende tanto do conhecimento do professor, mas da sua capacidade de criar
espaços de aprendizagem, vale dizer, “fazer aprender” e de seu projeto de vida de
continuar aprendendo."
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15 - "Só é possível conhecer quando se deseja, quando se quer, quando nos envolvemos profundamente com o que aprendemos. No aprendizado, gostar é mais importante do que criar hábitos de estudo."
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16 - "A educação é necessária para a sobrevivência do ser humano. Para que ele não precise inventar tudo de novo, necessita apropriar-se da cultura, do que a humanidade já produziu. Educar é também aproximar o ser humano do que a humanidade produziu."
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17 - "O professor precisa saber que é difícil para o aluno perceber a relação entre o que ele está aprendendo e o legado da humanidade. O aluno que não perceber essa relação não verá sentido naquilo que está aprendendo e não aprenderá, resistirá à aprendizagem, será indiferente ao que o professor estiver ensinando. Ele só aprende quando quer aprender e só quer aprender quando vê na aprendizagem algum sentido. Ele não aprende porque é “burrinho”. Ao contrário, às vezes, a maior prova de inteligência encontra-se na recusa em aprender."
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18 - "Todo ser vivo aprende na interação com o seu contexto: aprendizagem é relação com o contexto. Quem dá significado ao que aprendemos é o contexto. Por isso, para o educador ensinar com qualidade, ele precisa dominar, além do texto, o com-texto, além de um conteúdo, o significado do conteúdo que é dado pelo contexto social, político, econômico... enfim, histórico do que ensina. Nesse sentido, todo educador é também um historiador."
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19 - "É o sujeito que aprende através da sua experiência. Não é um coletivo que aprende. Mas é no coletivo que se aprende."
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20 - "Só aprendemos quando colocamos emoção no que aprendemos. Por isso é necessário ensinar com alegria."
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21 - "Há muitos professores e professoras que se sentem infelizes na escola e principalmente
na sala de aula. Falta interesse, falta disciplina, faltam objetivos claros, enfim, falta
sentido para o que ensinam. O aluno também não vê sentido no que está aprendendo na
escola. E vem a pergunta desalentadora: “Para que estou estudando isso, professora?” -
“Para que estudar?”."
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22 - "O aluno quer saber, mas ele não quer aprender, não quer aprender o que lhe é ensinado e nem como lhe é ensinado. E o conflito, o desinteresse, a indisciplina, a violência nas escolas está crescendo. A escola ensina num paradigma e o aluno aprende num outro paradigma. O que fazer diante do paradoxo: o aluno quer saber, mas não quer aprender?"
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23 - "Em média, no mundo, uma criança passa 4 horas diárias em frente à televisão. No Brasil são 8 horas. Em média, no mundo, a criança passa 8 horas diárias na escola. No Brasil são 4 horas."
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24 - "Por que ser professor hoje? Qual é sentido de ser professor hoje? Para que estou ensinando?"