"A maioria afirma que a profissão docente deve mudar - sobretudo em função da complexidade da nova sociedade - mas não se diz como, nem porque e para onde devemos mudar."
Esse trecho do texto de Moacir Gadotti nos faz pensar sobre uma questão mais ampla que é pensada pela sociedade como um todo. A educação formal está em crise. Ela é constituída por vários agentes: aluno, professor, coordenadores, orientadores educacionais,curso de formação de professores, poder público e outros. No senso comum há sempre uma tendência em culpabilizar um dos agentes.
Não vou aqui listar o discurso dos alunos, dos pais, do poder público sobre essa crise na educação, mas no discurso de muitos professores.
Para esses professores a crise na educação está associada á uma falta de uma política competente do Estado, a crise ética da sociedade em escala local, nacional e global, que produz um aluno sem limites, sem vontade de aprender, desmotivado.
Mesmo aquela minoria que acredita que a mudança também deva partir do professor, apenas fica estacionada numa analise denunciativa, não apontando caminhos possíveis que podem ser seguidos. Penso que os professores ainda esperam que apareça de “cima” um decreto ou uma nova teoria pensada por um “iluminado” que possa resolver todos os problemas de sua prática docente.
Talvez os primeiros passos para a mudança sejam tentar compreender que momento histórico é esse que estamos vivenciando, acreditar na sua autonomia intelectual, na sua capacidade de pesquisador e nas possibilidades de parceria na práxis do cotidiano escolar.O professor precisa deixar de ser “narrador do mundo para ser narrador no mundo”, sendo assim será mais fácil descobrir qual a sua importância e qual o sentido que a sua função de educador tem para contribuir para a transformação de um mundo mais justo.
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