Caros,
Trago algumas questões que estão sempre presentes nas nossas rodas de conversa. Apresento-as aqui, na intenção de irmos amadurecendo um pouco as ideias, para a nossa próxima reunião.
Qual o papel da educação num mundo em que não há mais visão clara de futuro?
Que função devem desempenhar os educadores quando os jovens se defrontam com profundas incertezas quanto à sua sorte e às expectativas de uma vida estável?
Atualmente, na era da modernidade líquida, já não são as universidades que formam os profissionais bem-sucedidos. Os valores do mundo de consumo exigem que as pessoas esqueçam hoje o que aprenderam ontem e aprendam hoje o que devem esquecer amanhã. Sendo assim, qual a tarefa da educação nesse universo que dispensa a aprendizagem e desdenha o acúmulo de conhecimentos?
Vamos lá?
quinta-feira, 16 de maio de 2013
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2 comentários:
Qual o papel da educação num mundo em que não há mais visão clara de futuro?
Penso que os educadores devem tentar trabalhar sutilmente o resgate dos valores de uma época em que a busca por um propósito de vida era considerada importante e consistente para o ser humano. Devem, além de contribuir para o autoconhecimento dos alunos e para a construção de uma relação saudável dele com a sociedade, depois de apontar aptidões, tendências, talentos e inteligências, partir para a orientação dos critérios na escolha de uma carreira profissional ativa e mais autônoma, em que o estudante se veja como sujeito atuante e não como receptor apenas.
Nós educadores devemos tentar estabelecer uma ponte do tempo em que o ser humano empenhava-se com vigor na direção de um objetivo com os tempos atuais, uma era virtual, de cenário fútil, culto à imagem, existência rasa, pobre em conteúdo e sem perspectivas.
A educação só consegue mediar a relação do indivíduo com o mundo e com ele mesmo, e ajudar na construção de qualquer conhecimento se o sujeito antes examinar-se e descobrir se quer, como quer e aonde pretende chegar. Pois ninguém vai a lugar algum se não souber onde deseja ir. A indefinição dessas questões limitam e neutralizam completamente o agir efetivo do educador.
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